Logo logo estou de volta!

coluna
Queridos leitores! Hoje o post não é muito feliz… Mas vocês merecem minha satisfação. Vou ficar uns dias longe do trabalho e, consequentemente, do blog. Estou com um probleminha na coluna, de cama desde sexta-feira. A suspeita é de uma hérnia , mas amanhã faço um tomografia para constatar – ou não, se Deus quiser – e definir o melhor tratamento. Por enquanto, fico de molho aqui, enjoada de cama, mas recebendo os paparicos de mamãe e do namorado. Vou focar na minha saúde para me recuperar logo! Torçam por mim!

Ah, sigo controlando a alimentação, até porque os remédios mexem muito com o meu estômago, então comer pouco não é uma opção, é automático.

Ontem, no hospital, tomei uma injeção de corticoide, que dizem inchar muito… Mas foi o que aliviou minha dor. Hoje tomei chá de cavalinha e hibisco para tentar balancear. Mas quando eu melhorar corro atrás do prejuízo. E vocês já sabem, se cuidem viu? Alimentação balanceada e exercícios (com alongamento, porque o médico me disse que eu posso ter pecado no alongamento errado ou falta dele para ocasionar a lesão!) Beijinho queridos!

Essa sou eu!

A primeira foto é de setembro de 2013 e a segunda, de dezembro de 2012!

 

Me lembro de ter sido uma criança magra e saudável, sem problemas com o peso, apenas com pequenas inseguranças de uma criança filha de pais separados. Na adolescência, com os hormônios bagunçados foi que travei minha primeira luta contra a balança. Desde então – e isso já faz um bom tempo – vivo em constante batalha com ela. Sempre tive facilidade para emagrecer, mas, em contrapartida, em engordar também. Tinha fases magras, resultado de loucuras para perder peso, e gordas, quando relaxava da dieta. Nunca, digo novamente, nunca, consegui manter meu peso.

Eu conheço muitos gordinhos felizes que, apesar de estarem acima do peso, não querem emagrecer porque se gostam e se aceitam – e isso é o principal. Mas esse nunca foi o meu caso. Gorda eu sempre fui insegura, ciumenta e com uma auto estima que não ultrapassava o dedão do pé. Não é exagero dizer que me transformo em outra pessoa quando estou acima do peso.

Não sei dizer o que me impediu a vida toda de manter o peso, mas ouso achar que a genética não está a meu favor e que minha ansiedade me faz muitas vezes beirar a compulsão.
Em 2011 cheguei a pesar 110 quilos e a usar manequim 50, um absurdo para os meus 1.77 metro. O baque da obesidade, que já gritava no espelho veio quando precisei ir ao médico e o ponteiro da balança alcançou os inacreditáveis 110 quilos. Aos 26 anos e sem nenhum juízo iniciei mais uma regime louco, com quase nada de ingestão de alimentos e horas a fio de exercícios físicos. Emagreci 36 quilos, alcancei o manequim 42 e cheguei aos 74 quilos, ideal para meu tipo físico e altura.
Mas como era de esperar, sem reaprender a comer, voltei a engordar e o que em 2011 eu perdi, quase recuperei totalmente em 2012.

Dessa vez resolvi aprender a comer certo, sem deixar de me alimentar e aliar essa nova rotina alimentar a uma rotina de exercícios diária. Em abril deste ano foi que me decidi por mudar de vida. Cansada do engorda-emagrece, resolvi aprender a comer.

Abasteci a geladeira com alimentos saudáveis – frutas, legumes e verduras – programei o celular para despertar a cada três horas para não ficar em jejum, baixei o aplicativo myfitness pal para me ajudar a saber exatamente o o que eu comia (é uma calculadora de calorias, onde você coloca o que come e a quantidade e ele calcula quantas calorias você está ingerindo. Ele também calcula seus exercícios e as calorias que perde com eles) e comprei um tênis para me exercitar.
Outro diferencial para essa nova vida foi descobrir o Instagram além das fotos de baladas dos meus amigos reais. Vi no aplicativo que tinha uma galera saudável que dividia seu cotidiano light ali, fotografando pratos, exercícios, confessando algumas “escapadinhas” e trocando motivações.

No dia 11 de abril de 2013, uma quinta-feira, comecei minha dieta. Aos 98,7 quilos e com 28 anos decidi emagrecer para não voltar a engordar mais. Conheci meu atual namorado (o amor da minha vida, importante dizer) magra (em 2011) e, mesmo ele nunca tendo dito nada sobre meu peso,cada vez que olhava para ele me sentia pior. Me tornei a namorada chata, insegura e ciumenta que eu nunca sonhei em ser. Em março deste ano, no meu aniversário, tirei uma foto com ele e me assustei quando me vi na imagem: um rosto deformado, quase sem pescoço. Decidi mudar, mas ainda precisei de 20 dias para tomar a coragem necessária.

Meu primeiro exercício foi a caminhada na rua, ainda não tinha coragem e nem condicionamento físico para fazer outro. Na primeira semana foram 40 minutos e muitas bolhas nos pés, na segunda, ainda com bolhas nos pés, aumentei para 50 e depois para 60 minutos.
Na segunda semana me matriculei no muay thai, exercício extremamente aeróbico que eu já havia feito, mas por preguiça havia parado.O recomeço foi difícil, não tinha fôlego e nem condicionamento para fazer a aula toda. Me faltava o ar e eu simplesmente tinha que parar no meio do treino, mas eu não desisti.
Para ajudar a ter motivação marcava no calendário os dias em que eu me exercitava, o tempo e o que exatamente eu fazia. No mês de maio, que teve 31 dias, eu malhei 26.

Em junho somei mais um exercício à minha rotina, a musculação e aí sim comecei a ver diferenças absurdas no meu corpo. Parei com as caminhadas na rua, me joguei na academia e continuei com o muay thai.
Para fazer musculação tive que vencer o preconceito, mas valeu a pena. Achava que ia “engordar”, já que músculos pesam mais que gordura, mas foi muito pelo contrário. Meu corpo só tem avanços desde então. A pele embaixo do braço, por exemplo, que sempre me chateou, diminuiu horrores e eu continuo com o corpo feminino que eu sempre quis, sem exageros, sabe?
Em julho tirei férias do trabalho, fui para a casa da minha mãe em Santa Rita do Passa Quatro, e continuei firme no meu propósito com boxe e academia. Já bem mais magra, mas ainda longe do meu objetivo final, consegui usar um biquíni na praia. E isso, quem já foi gordinha sabe, não tem preço.

Nesse tempo, admito, tive recaídas, comi chocolate de vez em quando, fui a churrascaria comemorar o aniversário do meu namorado e ao restaurante japonês diversas vezes. A diferença é que, agora,diferente de todas as outras vezes em que eu fiz dieta, eu não parei de comer. Tenho meus lapsos, mas volto à rotina de comer certo e me exercitar sempre. E vai ser assim, se Deus quiser para o resto da vida.
Hoje já estou no peso que eu queria, 73 quilos, mas quero chegar aos 70 para poder “ganhar” esses três quilos em massa magra na musculação. Estou feliz comigo e segura com o meu corpo, sem precisar me esconder em roupas pretas e largas.
Há alguns dias fui madrinha de um casamento, usei um vestido rosa bebê e me senti bem com isso. Estava feliz comigo e senti a deliciosa sensação de ter feito a escolha certa: uma vida saudável!”

A primeira foto é de setembro de 2013 e a segunda, de dezembro de 2012!

O milagre da reeducação

“O que você fez para emagrecer?”. Essa é a pergunta que algumas pessoas que não me veem há um certo tempo me fazem. A impressão que eu tenho é de que elas esperam que minha resposta seja uma receita de mágica, mas não é. Eu mesma já fiz essa pergunta para outras pessoas, já busquei em sites milagres para perder peso, mas eles não existem.
Eu não emagreci da noite para o dia e nem tenho a genética a meu favor. Muito pelo contrário. Sempre fui gordinha. Sempre.
Na minha vida nunca consegui me manter magra – quem em acompanha no blog há um certo tempo sabe disso. Ou estava engordando ou de dieta. Descobri que o milagre e a receita mágica é a soma de reeducação alimentar e exercícios para sempre. Nunca vou poder me descuidar disso, porque toda vez que me descuidei engordei novamente.
Em abril, quando resolvi emagrecer, tive que reaprender a comer certo (reaprender porque no fundo a gente sabe o que é certo e o que é errado) e me render aos exercícios.
Comecei caminhando na rua para ganhar condicionamento físico, algumas semanas depois me rematriculei no muay thai (que eu já tinha feito e por desleixo abandonei). Dois meses depois, quando já tinha perdido 10 quilos resolvi fazer também musculação e aí sim vi os resultados que eu queria.
Hoje, cinco meses depois de recomeçar na dieta, estou 23 quilos mais leve. Foi sorte? Não. Foi dedicação e persistência.
Não digo que nesse tempo todo eu nunca traí minha dieta. Eu traí, exagerei algumas vezes, fui a rodízios de comida japonesa, comi chocolate e o bolo de aniversário do meu irmão. Mas se fiz essas coisas em um dia no outro corri atrás do prejuízo.
Gente, não tem segredo, não tem milagre, não tem mágica.
Quando alguém me pergunta de onde vem a motivação eu não sei responder. Fiquei muito tempo desmotivada, mas um belo dia,triste com a minha aparência, cansada de me esconder em roupas pretas e de apagar as fotos que eu tirava porque não gostava do que eu via resolvi que ia mudar.
O começo é o mais difícil. Decidir é difícil. Enfrentar a academia cheia de gente magra e sarada é difícil. Ter coragem de ir para a aula de muay thai sabendo que eu não conseguiria terminar o treino porque ia faltar fôlego é difícil. Mas mais difícil do que isso tudo é se sentir mal consigo mesmo.
Foco, persistência, determinação e fé é segredo. Decida ser feliz e vá em busca do que te faz feliz.
Provavelmente você também terá recaídas, como eu tive e tenho, mas se cair, levante de novo e continue em frente.
No meu caso pensar no total de quilos que eu queria eliminar me desanimava. Eram muitos. Por isso sempre me concentrei em pequenas metas. Menos cinco quilos! Era sempre assim. E a cada cinco quilos a menos era festa como se fossem 10 quilos a menos! E assim foi meu processo, quilo a quilo, passo a passo, sem neura.
Minha desculpa, antes de decidir perder peso, era a grana. Não tenho dinheiro para academia, não tenho dinheiro para o muay thai, não tenho dinheiro para os produtos light. Se for colocar na ponta do lápis a grana ainda é curta, mas eu fiz escolhas. Os exercícios ao invés dos tratamentos no salão, da balada megacara ou do sapato novo sem real necessidade. As frutas, o pão integral, as verduras, o cotagge e o peito de peru no lugar do pão de queijo, chocolate e dos salgadinhos. A vida é feita de escolhas e eu escolhi cuidar de mim!

Abaixo, uma pequena galeria com fotos, em ordem crescente de tempo, de abril até setembro, que ajudam a contar um pouco do processo de emagrecimento -fruto de reeducação alimentar + musculação + muay thai.  Clique na primeira imagem e acompanhe o processo: