Na minha dieta tem carboidrato!

Desde que eu decidi fazer reeducação alimentar e emagrecer resolvi também fazer exercícios.  Mas conheço, em contrapartida,  pessoas que fazem apenas dieta e até conseguem emagrecer. No meu caso eu quis mesmo fazer exercícios. Tanto que comecei minha dieta no dia 11 de abril e no dia 15 comecei a treinar muay thai e fazer caminhadas.

O fato é que, restringindo calorias, eu nunca sabia exatamente o que podia comer antes de treinar.  No pré muay thai, por exemplo, eu comia duas fatias de pão integral light com salada, peito de peru e cottage. Isso me garantia energia para queimar durante a malhação, mas eu não sabia se essa era a escolha correta. Para sanar a minha dúvida – e a de muita gente, acho eu – decidi consultar uma nutricionista.

Ela me contou que é contra essas dietas em que há corte total do carboidratos, pois, principalmente para quem malha, eles são importantes no fornecimento de energia para o organismo. Sem eles, ela dúvida que eu conseguiria terminar a aula de muay thai sem passar mal ou ter tortura.

O ideal, ainda de acordo com a profissional, é comer duas horas antes de malhar, de preferencia os chamados carboidratos complexos (das farinhas integrais), que aumentam as reservas de glicogênio e são absorvidos de forma mais lenta, liberando a glicose de maneira mais demorada e gradual, controlando a glicemia e dando energia durante todo o treino.

A nutricionista disse que meu lanche antes do muay thai está correto,  mas que eu posso comer outras coisas além dele, até para não enjoar. Podem entrar no meu cardápio arroz integral, cereais, mandioca, batata doce, aveia e frutas como a maçã e a pera (mas nunca apenas uma fruta).

Refeição ideal para opré treino: pão integral light, queijo cottage temperado com chimichurri, peito de peru e salada de alface com rúcula

Refeição ideal para o pré treino: pão integral light, queijo cottage temperado com chimichurri, peito de peru e salada de alface com rúcula

A ‘conta’ da dieta

Pós treino de muay thai, aula que pode gastar até 700 calorias por hora. No meu caso, gasto cerca de 500

Pós treino de muay thai, aula que pode gastar até 700 calorias por hora. No meu caso, gasto cerca de 500

Todo mundo repete o mantra: “Para emagrecer é preciso gastar mais do que se consome”, mas não é tão fácil entender isso. Até porque nosso corpo não gasta energia apenas malhando. Gastamos também para respirar, ficar de pé, dormir, enfim, para fazer as atividades orgânicas.

Ando lendo muito a respeito de dieta, reeducação alimentar, exercícios físicos e tudo o que tem a ver com a ideia de vida saudável que eu assumi há algum tempo.  Nessas leituras descobri um cálculo que revela qual é o gasto do organismo apenas para sobreviver, o meu, por exemplo é de cerca de 2,5 mil calorias.  Eu não vou colocar essa conta gigantesca aqui porque ela é extremamente complexa, mas uma pesquisa rápida na internet pode te ajudar a calcular a sua.

O fato é que, para emagrecer, preciso consumir menos que esse número. Nas minhas pesquisas na rede descobri que a cada 8 mil calorias que se consome a mais ou a menos você, consequentemente, engorda ou emagrece 1 quilo. E não precisa ser em um único dia.  Por exemplo, para engordar esse um quilo eu teria que comer cerca de 5 mil calorias durante três dias.  Ou ainda exceder meu limite de 2,5 mil calorias em 1 mil durante uma semana. Deu para entender?
O mesmo vale para o emagrecimento. A cada “economia” de 8 mil calorias, 1 quilo a menos. No meu caso é mais ou menos assim. Se eu consumo 1,5 mil calorias por dia, me “sobram” 1 mil. Em oito dias vou ter emagrecido 1 quilo.

Quando nos exercitamos, também gastamos calorias. Em 50 minutos de muay thai, por exemplo, gastamos cerca de 500 calorias, que já podem ser subtraídas dessas 8 mil calorias. Bacana, né?

O ‘tal’ do shake

O 'tal' shake

Eu sou descrente, desconfiada e muito, mas muito cismada com qualquer coisa que possa “me fazer mal”.  Sou do tipo que se ler a bula do remédio passo mal.  Por esse motivo sempre fui contra qualquer tipo de medicação para emagrecer. Acho que elas fazem muito mais mal do que bem.

O fato é que há um tempão ouço as pessoas falando sobre um “tal” shake – que eu não vou falar a marca porque pareceria propaganda e, definitivamente, não é.  Nunca tive vontade de experimentar, apesar de já ter ido com uma amiga a um desses espaços. Confesso que era, inclusive, contra ele.

Um dia desses, pela insistência dessa amiga e de tanto a ouvir falar bem do produto, topei. Era um dia que eu jantaria fora, uma comemoração especial com o namorado, com várias gordices no cardápio. Decidi que, para compensar as calorias extras da noite comeria menos durante o dia e o shake, com apenas 217 calorias, era ideal.
Um pouco receosa, cheguei ao local. Antes do shake eles te servem um chá verde com sabor agradável, quase um litro. Depois, o shake no sabor que você escolher. Decidi pelo de chocolate. Meninas, eu fiquei tão satisfeita, mas tão satisfeita, que fui sentir fome apenas no fim da tarde.
Supercremoso, ele da uma certa amenizada no desejo por doces, parece um milk shake de sorvete. Outro fator que me chamou a atenção é como me senti desinchada. Fiz xixi praticamente o dia inteiro.
Não vou tomar o produto todos os dias, até porque acho que meu organismo precisa da comida salgada tradicional. Mastigar uma carne, comer salada, enfim, me alimentar normalmente. Mas o fato é que perdi aquele “preconceito” que tinha a respeito do shake. Quando sentir que preciso dar uma maneirada na alimentação ou que estou inchada, não vou ter mais problema de ir em um desses espaços.

Chá de Hibisco

Na imagem, "marmitinha" do trabalho: Chá de hibisco, maçã e um lanche natural para antes do muay thai, à noite

Na imagem, “marmitinha” do trabalho: Chá de hibisco, maçã e um lanche natural para antes do muay thai, à noite

Já comentei aqui no blog diversas vezes que sou viciada em chás. Sou ansiosa e sempre apelei para as ervas medicinais para acalmar os ânimos antes de dormir. Quando morava com a minha avó, que tem um megaquintal em casa, em Santa Rita do Passa Quatro, na hora da precisão era só correr para lá. Hoje em dia recorro aos supermercados e não deixo faltar em casa, pelo menos, uma caixa de chá de camomila, erva doce e cidreira.

Já tomei também muito chá verde e chá branco, mas hoje em dia, culpa do exagero em tempos de dietas loucas, não posso nem com o cheiro deles. É uma pena, pois os benefícios desses dois tipos de chás para quem faz regime são inúmeros.

Outro dia fui em uma dessas lojas de produtos naturais comprar colágeno e resolvi olhar os chás. Juro, nem estava pensando na dieta. Era para satisfazer meu vício pela bebida mesmo. A atendente me mostrou o de hibisco, falou que era docinho, que eu ia gostar e que, para minha surpresa, era bom para quem queria perder uns quilinhos. Resolvi comprar para experimentar e, numa rápida pesquisa na internet descobri que ele é famoso.

Tem muitos sites, revistas e até livros falando da planta. De acordo com o que eu li o chá de hibisco (não é o mesmo dos jardins, ok?) estimula a queima de gordura, ajuda na digestão, no funcionamento do intestino e combate a retenção de líquido. A culpa disso tudo é da concentração de uma substância chamada antocianina, que tem ação antioxidante e anti-inflamatória. Além disso tem vitamina C, cálcio e ainda é gostoso. O ideal é tomar um litro por dia.

É clichê, mas beba água, muita água, por favor…

Quem acompanha o blog sabe que ele é extremamente autoral. Eu falo aqui, pelo menos na maioria das vezes, de assuntos do qual eu passei ou estou passando e esse é um deles.

Eu sempre me policiei para tomar muita água. Tenho infecções frequentes de urina e nos rins e isso me ajuda bastante. O fato é que eu sempre achei que tomasse o suficiente de  água, cerca de dois litros por dia, mas descobri que não, que para o meu organismo isso é pouco.

Há um tempo voltei sério para a reeducação alimentar e desde então vi meu intestino quase parar de funcionar.  Na minha cabeça isso era “culpa” da redução na ingestão de alimentos e para tentar sanar o problema tomava laxativos naturais que pouco resultados davam.

No fim de semana meu namorado me propôs um teste, tomar mais água do que eu estava acostumada. Minha resposta automática foi a de que eu já tomava mais que o suficiente, os dois litros sugeridos por qualquer profissional.

O fato é que eu descobri que cada organismo funciona de uma forma e o meu não funciona bem apenas com os dois litros.  No teste tomei o dobro de água do que costumava e… o intestino funcionou!

Fui pesquisar o porque e, de acordo com o que li, na dieta ingerimos muitas fibras – o que deveria facilitar o trânsito intestinal. O problema é que, se essas fibras não forem hidratadas, elas não conseguem fazer seu papel.

Eu tenho dificuldade em tomar muita água. Se depender da minha sede não tomo quase nada. O “negócio” é andar com uma garrafinha e se obrigar a tomar o líquido. O organismo – e a dieta – agradecem.

Fazendo as pazes com a balança

Todo gordinho sabe que encarar a balança é um martírio. Eu, por exemplo, fugi do aparelho por muito tempo. Sabia que estava engordando porque tenho espelho e, claro, pelas roupas. Mas a partir do momento em que decidimos adotar uma rotina saudável para emagrecer, enfrentar a balança é necessário. É ela quem vai mostrar se estamos no caminho certo ou não.

Eu, desde que resolvi que emagreceria, fiquei meio neurótica por balança. Após o susto inicial em descobrir o peso que havia alcançado viciei no tal aparelho. Hoje peso diariamente.

Resolvi falar sobre isso hoje porque em meio a essa nova neurose constatei algumas coisas e uma delas é que, dependendo do horário, o peso pode variar em até um quilo. E isso é fácil de ser explicado: quando ingerimos líquidos ou sólidos eles têm que ser absorvidos pelo organismo, antes disso são, sim, um “peso” a mais. Dúvida? Faça o teste: pese antes e depois de tomar um litro de água.

No caso das mulheres há ainda outro fator que pode alterar o peso: o período do mês em que estamos. Quando menstruadas retemos até dois quilos de líquidos que interferem diretamente na balança. Por conveniência me peso ao acordar, antes de qualquer coisa, e anoto em um caderno para que eu possa acompanhar o progresso.

Tão importante quanto acompanhar o peso é saber o IMC (Índice de Massa Corpórea) e ele se define com uma conta que eu já expliquei em posts anteriores (peso dividido pela altura vezes a altura). O resultado ajuda a entender se estamos abaixo do peso ideal, no peso ideal, com sobrepeso ou obesos (veja a tabela abaixo).

Quando comecei a reeducação alimentar, meu IMC era de 31,5, já considerado obesidade. Quinze dias depois já havia baixado para 29,8, sobrepeso. A meta é, claro, o peso ideal. Para a minha altura de 1.77, 78 quilos.
Então, que assim seja. Rumo aos 78!

Confira a tabela:

-Abaixo de 17 muito abaixo do peso
-Entre 17 e 18,49 abaixo do peso
-Entre 18,5 e 24,99 peso normal
-Entre 25 e 29,99 acima do peso
-Entre 30 e 34,99 obesidade grau I
-Entre 35 e 39,99 obesidade severa, grau II
-Acima de 40 obesidade mórbida, grau III

Procure uma motivação e seja feliz

Calendário motivaçãoTalvez a parte mais difícil de começar – e se manter – em uma reeducação alimentar seja encontrar motivação.  Sim, porque não basta querer da boca para fora.  Dizer eu quero emagrecer não torna o desejo pela comida gorda ou a sobremesa menor. Pelo contrário. Conheço casos de pessoas que, quando estão de dieta sentem muito mais vontade de comer doce do que normalmente. O fato de “não poder” faz muitas coisas ficarem mais gostosas.

É por isso que eu procuro sempre me lembrar de algumas coisas. Primeiro, eu não quero fazer uma dieta, eu quero me reeducar para aprender a comer direito.  Segundo, nós podemos fazer o que der na telha, comer batata frita, sorvete, chocolate ou o que quer que seja.  Sim, nós podemos. Ou alguém aí tem uma arma na cabeça obrigando a fazer dieta ou reeducação alimentar? Creio que não.  Me lembro sempre daquela frase: “Eu posso tudo, mas nem tudo me convém”.

E é bem isso mesmo na realidade. Emagrecer é uma escolha. Você escolhe dizer não para o que, mais do que te engordar, faz mal à saúde. Em troca perde uns quilinhos e ganha uma vida mais saudável.

Mas eu comecei a escrever sobre motivação e para conseguir ter essa bendita não tem receita. Cada pessoa precisa descobrir a sua. Eu, por exemplo,  tenho duas. De uma eu já falei aqui no blog, que é a minha foto, magrela, no Réveillon de 2012, com um vestido branco sem nada marcando. A outra é com um calendário de mesa onde marco todos os dias em que eu faço exercício físico.
A foto acima mostra o mês de abril. No dia 11, uma quinta-feira, eu assinalei “Projeto Férias” e dei início à RA. No dia 15, segunda-feira, comecei minhas marcações de exercícios. A motivação vem de você ver sua evolução nos exercícios.

No fim do mês de abril, 20 dias depois de iniciar a vida nova, por causa do calendário, eu descobri que malhei 13 dias. Para quem era sedentária, é um bom começo.
E maio segue no mesmo ritmo. Hoje é dia 9 e eu já malhei oito dias.

É preciso ter foco, é preciso ter fé

A primeira foto, com o dog, foi tirada em março deste ano - antes da RA. Já a segunda é do dia 27 de abril, 17 dias após o início da RA

A primeira foto, com o dog, foi tirada em março deste ano – antes da RA. Já a segunda é do dia 27 de abril, 17 dias após o início da RA

Contei aqui no blog outro dia que minha meta (é preciso ter uma para não perder o foco) era eliminar 15 quilos. Com o início da reeducação alimentar aumentei essa meta para 20 quilos. E aumentei porque conheço meu corpo e sei que é possível chegar lá.

Minha média de perda é de 5 quilos por mês, mas no começo perco mais que isso. Nos primeiros 19 dias foram 6,2 quilos. Essas duas fotos não mostram muito dessa evolução, até porque 6,2 quilos é pouco perto dos 20 que eu quero jogar no lixo… Mas estou feliz com os resultados, principalmente na autoestima e na qualidade de vida, que só tem aumentado.

Defini esses dias o destino para as minhas férias (entre julho e agosto). Vou passar uma semana na Praia do Forte, na Bahia, com o namorado e uma amiga nossa. Quero, até lá, ter deixado esses 20 quilos no passado para usar tranquila um biquíni. Agora faltam pouco mais de 13, bem possível de eliminar em 90 dias.

A rotina segue a mesma, alimentação balanceada e exercícios físicos: muay thai três vezes por semana e caminhada em, pelos menos, outros dois dias da semana.

Resolvi falar dessa evolução aqui no blog porque sei que tem alguém me lendo e que está querendo perder peso. A ideia é motivar e dizer que com disciplina é possível emagrecer. Eu não nado em dinheiro, trabalho o dia todo, cuida da minha casa e tenho que dizer “não” para várias outras coisas para me manter focada na dieta. Sim pessoas, é possível perder peso. Basta querer.

Foco, força e fé é o que eu sempre digo!

P.S.: Me sigam no instagram – @caprebill. Lá coloco fotos de boa parte do  diário alimentar e dos exercícios físicos.

A arte de saber esperar

Minha mãe costuma dizer que quando eu quero uma coisa a quero para ontem. O pior é que isso é verdade e eu nem posso contestá-la. Assim como a teimosia, essa é uma característica do meu signo, Áries, e me acompanha em todos os segmentos da minha vida.  Seja no pessoal ou no profissional, a paciência não está no topo das minhas qualidades.

Estou falando isso agora porque lido com dificuldade com o tempo necessário para o emagrecimento. Faço as coisas direito – como de forma saudável e faço exercícios -, mas teimo em querer emagrecer da noite para o dia. Juro, para mim é bem mais difícil respeitar esse tempo do que dizer não para um doce. E olha que meu organismo responde rápido à dieta…

O fato é que preciso entender (e na teoria eu entendo) que não vou eliminar em um mês o que levei um ano para engordar. Isso nem seria saudável. Para tentar amenizar essa ansiedade toda que me acomete resolvi adotar duas novas ações: tomar gotas de florais de Bach (abaixo vou falar sobre isso…) e estipular metas curtas de emagrecimento, de cinco em cinco quilos.
A meta a médio prazo era eliminar 15 quilos – já aumentei para 20, pois quero ganhar um pouco de músculos após emagrecer e eles pesam um pouco -, mas pensar nessa totalidade me deixa ansiosa.  Vou me mirar em cinco quilos de cada vez.  Pode ser bobeira, mas me deixa mais calma. Os primeiros cinco já foram!

Agora sobre os Florais de Bach que eu falei acima, eles são essências de plantas e florais descobertos nos anos 30 por um médico inglês. Segundo os estudos, nos ajuda a administrar as pressões emocionais do dia a dia. Muita gente não acredita neles, porque é natural e porque não tem comprovação científica, mas eu, particularmente, acredito. Se não fizer bem, mal também não há de fazer. No floral que eu manipulei há essências que ajudam a controlar a ansiedade, o cansaço físico e mental, o medo e o estresse. Vamos ver no que isso vai dar. Foco, fé, força e determinação sempre!

Já que milagres não acontecem, o jeito é suar na aula de muay thai. Na foto uma sessão de abdominal

Já que milagres não acontecem, o jeito é suar na aula de muay thai. Na foto uma sessão de abdominal